Fragmentos



 (Você pode ler isso ao som de: Fragments- Jaymes Young)



Pelas esquinas
Dos bares
Paixões repentinas são encontradas
Na cidade barulhenta
Dos olhares perdidos,
O tempo incerto
Parece cobrir a solidão.

Ali,
Bebemos, dançamos, cansamos
Ao som da música que o rapaz bem na entrada tocava.
Como dois desconhecidos
Conversamos sentados naquele lugar
Tínhamos tempo de sobra
E espaço para aquilo
Cada um com seus planos
Em um lugar comum,
As palavras transbordam
E ela nem sequer sabe o meu nome.

A luz daquele poste
Iluminava a calçada
E algumas pessoas se abrigavam da chuva.

Conversa fiada
De minutos intermináveis
E imperceptíveis
Fizeram com que
Aquela noite fosse única,
E nem toquei no cigarro.

Do breve início
De dia que começara azulado
Que mal sabia eu,
Traria, a partir dali,
Noites de insônia
Nos dias seguintes.
Restam apenas sete estrelas
Para sonhar e desejar
Que ela fosse minha.


E naquela volta
A chuva na janela embaçada,
Me deixou com um
Pensamento inquietante
De um desejo sufocante que virou
Ótica sentimental
E eu soube que,
Ela era o fragmento
De uma natureza intocável
Ela era a tempestade.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Café

Bebedeira

2.1 bilhões de anos-luz