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Mostrando postagens de julho, 2020

Há de Haver

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(Você pode ler o som de  To Build a Home - The Cinematic Orchestra  ) Há um prédio vazio Com traços de janelas, Vestígios Do que um dia foi Um lar, Fragmentos E  restos de uma cidade Perdida. Há de haver um Tempo. E os passos E os olhos, A boca muda Que acomoda, engole Um silêncio que de longe Ecoa a fala, Reverbera, Esconde a Verdade. E por trás das Portas fechadas Estão os olhos vendados, Que um dia Já capturaram A saudade. Ignora-se uma promessa Trocando a coragem Pela covardia. Trocando as certezas pela dúvida  Amarga. Mas há de haver música E poesias suficientes Para descrever O que se ocorre. E ainda assim... Tu queres Dormir? Há de haver um tempo, Um mundo cheio De voz Que transpasse O sofrer.

Catarse

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(Leia isso ao som de  Birds - Imagine Dragons ) Esse início de ano trouxe uma energia muito diferente daquela que recebemos nos anos anteriores. Será se pode ser conhecido como: “O ano que era pra ter sido, mas não foi."? Entrei em 2020 com a intenção de fazer melhor e diferente, mas ele me tirou muito mais do que eu esperava e depositou em mim mais insegurança e instabilidade do que todos os outros e agora, eu acho que nós estamos em movimentos semelhantes e de alguma forma sendo preparados para algo maior. Nós temos um ano inteiro, cheio de semanas com sete dias cada, com motivos, um caminho e a cada ano que chega e parte, sentimos que eles vem para nos mostrar algo diferente, independente do que seja e acho que esse veio como um propulsor para tirar tudo e todas as coisas das quais queríamos ou achávamos que precisávamos, retirar tudo o que não mais nos pertence de uma vez e restaurar outras. Anos não essenciais ou talvez anos essenciais demais até que pudéssemos perceber o bar