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Mostrando postagens de dezembro, 2019

Epílogo

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    ( Você pode ler isso ao som de Night Swim - Sports ) Longe do que um dia já fui Me perdi pelos cantos Entre linhas e pensamentos... Devaneios de um ser solitário  Busquei o que não sabia Pelos mesmos lugares. Alguns minutos Me separaram da poesia Que já nem era tão poesia assim, Porque acabei matando O poeta que existia Que mentiu e viveu Uma mentira bondosa Quando mentia Que não escrevia O que sentia Em cada verso... Mas ainda transcrevo sobre ti. Minhas escolhas tornaram-se bagunça. Fadadas ao óbvio. Sufoquei por amores imaginários E mudei Por você ... Achei e perdi a inspiração. Luzes e cores demais me fazem olhar para além de mim e tudo o que já aconteceu, sei que a minha cor favorita sempre foi o azul e que você adorava o céu assim, mas sei que foi melhor, as vezes o caderno de poesias ainda me parece vazio. Sei que trinta minutos se passaram desde que fiquei deitado nessa cama com a escolha de não escrever o mesmo tipo de na

Memória Seletiva

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(Você pode ler isso ao som de: Blower's Daughter - Damien Rice ) Já não lembro do tom da tua voz Tampouco sou afetado pelas lembranças Que há tempos me cercavam E insistiam em me machucar. Hoje já não me lembro do gosto dos teus beijos Dos sentimentos que me causavam A sensação Do teu rosto Toque. Já não sei como é sentir dor Ou viver angustiado Raiva dos momentos que passei Contigo Comigo mesmo. De você  me esqueci tudo o que me fez mal Tudo aquilo de ruim Não sou capaz de cultivar nenhum desafeto. Poderia ser bem mais fácil Lembrar de cada gesto Palavra Momento Talvez nunca esqueça... Mas de você, Realmente não me vem mais Motivos para recordar tudo isso Já que se tornaram palavras soltas Momentos passados De uma memória seletiva.

Enquanto o meu amor dorme, eu escrevo poemas.

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(Você pode ler isso ao som de  Don't Let Me Go - Cigarettes After Sex ) 23:00h. Decidi fazer um café.  A madrugada seria longa E eu sabia que estava arriscando demais ao escrever sobre os sentimentos noite a dentro. Cigarro acesso e me sinto fútil, fraco, frágil Quando sou levado a pensar no teu nome, Que me atinge como algo que é incerto e me gera conflito interno. O meu corpo sucumbe a tantas vontades, E treme, Quando percebo a falta do anel no meu dedo. O amor perdido deixa o coração confuso e durante a noite queria me fazer indolor.  E a lembrança dos teus lábios em fucshia me entorpece, Queria poder acolhê-la no silêncio Que eu mesmo causei sem saber E assim, me vejo nublando o meu próprio eu, Que te procura devagar, saboreando o café forte e amargo.  Alguns dias, como hoje, são toleráveis Em que o céu cinza e as nuvens espessas Tomam conta do que era para ser mais uma noite estrelada E fazem com que a neblina envolta de mim, seja perman